O processo em questão é a autofagia — mecanismo celular de reciclagem de componentes internos —, que ajuda a manter as células ágeis e capazes de se ajustarem às diferentes necessidades energéticas e a condições nutricionais. Em camundongos, os exercícios estimulam a aceleração da autofagia em músculos do coração e no esqueleto. O novo relatório, publicado on-line pela Nature, descreve como essa autofagia adicional pode ajudar a inibir a resistência à insulina (precursora do diabetes).
Para chegar a essa conclusão, a equipe de pesquisa liderada por Congcong He, do Southwestern Medical Center, da University of Texas, comparou camundongos geneticamente modificados (para que não alcançassem o nível extra de atividade autofágica) com camundongos normais e analisou as consequências da prática de exercícios e de uma dieta com elevado teor de gordura. Os resultados mostraram que os animais modificados ganharam um pouco mais de peso devido à dieta rica em gordura e mostraram-se um pouco menos ativos do que seus colegas do outro grupo. Embora os camundongos normais tenham apresentado maior resistência à insulina após se exercitarem e, assim, tenham se tornado menos propensos ao diabetes, os roedores mutantes não induzidos à atividade autofágica extra não parecem beneficiar-se dos exercícios.
Katherine Harmon - Scientific Brasil
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