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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Templo de Évora pode "É"vaporar


O Templo Romano de Évora, construído há dois mil anos, está pela primeira vez sendo  alvo de uma análise estrutural, com modernos equipamentos do século XXI, para diagnosticar o seu estado e propor planos de reabilitação e conservação.

Segundo o arqueólogo Rafael Alfenim, da DRCAlen, “o templo tem sido estudado de vários pontos de vista, sobretudo o arqueológico e o da história da arquitetura”, mas esta é a primeira vez que se faz uma análise desta natureza”.
A investigação é “fundamental” para um “bom diagnóstico” sobre o estado do templo, “em termos de conservação e da estabilidade da estrutura”, para se poder “atuar um dia, caso seja necessário, ou prevenir eventuais situações de risco existentes no momento”, continua.

O Templo Romano, do século I depois de Cristo, único no país e um dos mais notáveis da Península Ibérica, é um dos casos de estudo do mestrado coordenado pela UMinho, que envolve outras três universidades, de Espanha, Itália e República Checa.

Cinco alunos estrangeiros, em conjunto com investigadores da universidade portuguesa, terminaram hoje dois dias de recolha de dados em Évora. A equipa analisou as propriedades da estrutura, com recurso a equipamentos sofisticados, para diagnosticar o seu estado, nomeadamente em caso de risco sísmico.

“Estivemos a fazer três tipos de ensaios não destrutivos”, como a identificação dinâmica, para “medir as micro-vibrações da estrutura”, e a análise por ultras sons, para “perceber que tipo de rocha” dá corpo ao Monumento Nacional, explicou Daniel Oliveira, docente na UMinho e um dos responsáveis pelo mestrado.

Além disso, foi utilizado um geo-radar que, através de ondas eletromagnéticas, faz uma espécie de“radiografia” ao interior da rocha, para “perceber se há ligações entre os diversos sons”, o que, confirmaram, não existe.

Todos os dados obtidos pelos investigadores vão, seguidamente, incorporar modelos computadorizados, para se ter a “segurança de que representam a realidade”, disse.

“A partir daí, o objetivo será fazer o diagnóstico para perceber se o templo estará seguro”, sobretudo em caso de sismo, frisou Daniel Oliveira, admitindo desde já a hipótese de que num episódio sísmico “moderado a intenso” o monumento “não esteja seguro”.

O objetivo seguinte dos alunos, que devem terminar o trabalho até final de março, será “propor medidas de intervenção para preservar a segurança” do Templo Romano.

“Nós pensamos sempre que estas estruturas, por existirem há vários séculos, são eternas”, mas “são como nós” porque “nascem, crescem e morrem”, servindo este tipo de análises estruturais para que “se mantenham em saúde o máximo de tempo possível”, confirmou. (CiênciaHoje)


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